Governistas apostam no recesso
O comando político aliado a Luiz Inácio Lula da Silva e a José Sarney trabalha há dois dias uma série de ações que têm como objetivo principal tentar apagar o incêndio da crise sem a queda do presidente do Senado do cargo. A principal delas, anunciada ontem, foi o afastamento do ex-diretor do Senado, Agaciel Maia, por 90 dias. Embora tenha sido divulgada oficialmente como iniciativa do próprio Agaciel com a entrega inclusive de uma carta dele ao primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), essa saída de cena foi negociada desde a terça-feira à tarde, quando os líderes cobraram a demissão de Agaciel “a bem do serviço público”. Como Agaciel não admite sair execrado, afinal trabalhou pelos senadores, ficou acertado o afastamento temporário.
Salário alto em duas versões
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, confirmou ontem os altos salários pagos aos diretores da estatal, divulgados pelo Correio/Estado de Minas. “É isso mesmo: em 2007, o salário médio anual foi de R$ 710 mil”, disse Gabrielli em entrevista à Rádio CBN. Mas, ao tentar explicar o aumento de 90% nos vencimentos dos executivos da empresa no período de 2003 a 2007, Gabrielli acabou desmentindo a versão da própria assessoria de imprensa da estatal, divulgada no blog da empresa.
Emendas dividem o governo
Enquanto os ministros da área econômica discutem onde cortar despesas devido à queda na arrecadação, articuladores políticos do governo pressionam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a liberar R$ 1,8 bilhão em emendas parlamentares. A pedido de líderes de partidos aliados, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, apresentou a fatura à chamada junta orçamentária, grupo formado por Lula e os titulares da Casa Civil, Dilma Rousseff, da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo.
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