Coronel reformado, Ustra é condenado
a pagar R$ 100 mil por tortura
O coronel
reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra, foi condenado a pagar
indenização de R$ 100 mil por ter participado e comandado seções de tortura que
mataram o jornalista Luiz Eduardo Merlino em 1971, durante a ditadura militar.
Ustra
terá que pagar R$ 50 mil a Angela Maria Mendes de Almeida, ex-companheira de
Merlino, e o mesmo valor a Regina Maria Merlino Dias de Almeida, irmã do
jornalista, por danos morais. A decisão foi publicada ontem (25) e assinada
pela juíza de direito da 20ª Vara Cível do foro central de São Paulo, Claudia
de Lima Menge.
Merlino
foi membro do Partido Operário Comunista (POC) e da Quarta Internacional. Foi
preso em 15 de julho de 1971 e levado para a sede do Destacamento de Operações
de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Na época, o
DOI-Codi era comandado por Ustra, onde Merlino foi torturado por cerca de 24
horas e morto.
O
advogado de defesa do coronel, Paulo Alves Esteves, disse que irá recorrer da
decisão, com base na Lei da Anistia. “Quem discorda da decisão não sou eu, é a
Lei da Anistia”.
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