Dóris Marize Romarize Peixoto, nomeada pelo presidente José Sarney (PMDB-AP) como diretora da poderosa Secretaria de Recursos Humanos, entrou no Senado, em 1984, num dos maiores trens da alegria que já passaram pelo Congresso.
O GLOBO teve acesso ao processo judicial em que Dóris Marize aparece numa longa lista de servidores contratados sem concurso público para trabalhar no Senado.
Na mesma lista de "passageiros" estão o ex-diretor Agaciel Maia, pivô da crise, e a governadora do Maranhão e filha de Sarney, Roseana Sarney.
É o que mostra reportagem de Jailton de Carvalho na edição desta sexta em O GLOBO.
O processo foi aberto a partir de ação popular assinada pelo advogado Pedro Calmon contra 1.554 pessoas contratadas no apagar das luzes de 1984, sem concurso público, para trabalhar na gráfica do Senado.
Na ação, o advogado relata que o trem da alegria foi acionado pelo então presidente do Senado, Moacyr Dalla, "à revelia do plenário e da própria Mesa da Casa" para "beneficiar filhos, afilhados e esposas de políticos influentes". A ação foi protocolada em 22 janeiro de 1985.
Nenhum comentário:
Postar um comentário