Os parlamentares brasileiros custam muito caro e são, na média, pouco eficientes pelos critérios internacionais de governança. Se isso não é uma novidade para você, ainda mais em meio aos escândalos que surgem diariamente no Congresso Nacional, saiba que a realidade consegue ser ainda pior em alguns poucos outros países, como na Argentina.
É o que mostra um mapa do site Shakeup Media, no endereço http://www.shakeupmedia.com/mpsalary. A dica veio do economista e professor da PUC-Rio Eduardo Pegurier, que está agora na web com o blog Almoço Grátis (http://almocogratis.blogspot.com/).
Para comparar os diferentes países, o trabalho usou como critério a relação salário do parlamentar e a renda per capita do país. Resultado: um parlamentar brasileiro ganha 22,4 vezes mais que a renda per capita do brasileiro, de US$ 4.289 por ano, uma das relações mais altas no mundo.
No mapa, essa distorção pode ser mais facilmente constatada. Quanto mais distante da cruz amarela localizada no centro da página, mais caro custa em termos relativos o salário de um parlamentar. Vai ser difícil encontrar o Brasil no mapa. Ele fica muito, muito distante da tal cruz amarela...
Para encontrar o Brasil, navegue no sentido noroeste. Os círculos cinzas, que marcam os patamares do salário dos parlamentares, vão se esgotar. O Brasil fica bem depois de os círculos terminarem, após a África do Sul.
Já o critério de governança foi criado com base em três indicadores: Índice de Democracia, produzido pela revista "The Economist"; Desenvolvimento Humano (IDH), da ONU; e Percepção de Corrupção, da Transparência Internacional.
No mapa, os países com melhor governança ficam acima da linha amarela. É o caso da Suíça, Islândia, Luxemburgo, Noruega, Canadá, Suécia e EUA.
Percorrendo o ângulo no sentido anti-horário, a pior governança termina abaixo da linha, onde estão países como Chad, Laos, China e Egito.
Por muito menos dinheiro, parlamentares de outros países têm a mesma faixa de qualidade de governança do Brasil: Botsuana (1,9), Polônia (2,5), Tailândia (4,9), México (6,7) e Turquia (7,3).
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