A Comissão de Anistia do Ministério da Justiça vai a São Domingos do Araguaia, no sul do Pará, nesta quinta-feira, para anunciar, em ato público, o resultado do julgamento de 91 processos de anistia política.
Segundo o ministério, o episódio de repressão à Guerrilha do Araguaia, que deixou cerca de 70 mortos e desaparecidos, terá uma reparação histórica.
O ministro da Justiça, Tarso Genro, e a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), abrirão a 24ª Caravana da Anistia, a partir das 14h, na praça da cidade.
Na ocasião, será realizada uma sessão de memória em homenagem aos moradores da região perseguidos pela ditadura.
A Comissão de Anistia vai aproveitar a Caravana para realizar na sexta-feira (19) sessões complementares de oitivas na chácara da paróquia do município, a partir das 9h. Quatro turmas da comissão tomarão cerca de 90 depoimentos de camponeses, como parte da instrução dos demais processos que aguardam decisão.
"Mais de 30 anos depois, o Brasil pedirá desculpas oficiais aos moradores e camponeses vitimados por esta que é considerada a maior operação militar do país desde a participação na 2ª Guerra Mundial", afirmou Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
No total, foram protocolados 304 pedidos de anistia política referentes à Guerrilha do Araguaia, incluindo requerimentos de militantes (26) e camponeses (278).
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