quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Vereadora Toinha Rocha (PSOL) envia e-mail com esclarecimentos para o Direto da Redação


ANTONIA GUEDES CABRAL AGUIAR ROCHA



Prezado Alfredo Marques
Nestes últimos dias fui tomada de surpresa por insinuações acerca de minha conduta.
Primeiro em nenhum momento omiti para quem quer que fosse que sou Servidora da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará há mais de 20 (vinte) anos.
Quando assumi o Mandato entreguei meu Imposto de Renda e comuniquei àquela Casa Legislativa Municipal que era funcionária da Assembleia, não havendo nenhum impedimento legal.
A Câmara Municipal me informou que teria que comparecer às sessões nas terças, quartas e quintas a partir das 09 horas. Na Assembleia, continuei cumprindo as minhas 20 hs semanais,  já que não havia choque de horários. Aliás, não faltei a nenhuma das sessões da Câmara e nem deixei de cumprir minha carga horária na ALCE.
Não tenho cargo comissionado e recebo pela minha função de Consultora Técnica Jurídica, lotada do Departamento de Recursos Humanos e cumpro minha carga horária, sendo isto é público e notório, nada tendo a esconder.
Agora, por ter que fazer campanha e assumir o mandato, entendi ser humanamente impossível continuar cumprindo a minha jornada de trabalho junto a ALCE, eis a razão pela qual pedi minha licença.
A Assembleia, infelizmente, até ontem (02/10/2012) não despachou meu processo de licença, por isso continuei aparecendo na folha de pagamentos. Como já amplamente divulguei, reafirmo- lhe que o saldo da minha conta é o equivalente ao que foi depositado pela   ALCE à título de vencimentos, após o meu pedido de licença. Liberei meu sigilo fiscal e bancário tão logo assumi e tudo o que ora afirmo, foi devidamente mostrado e comprovado junto ao  Jornal O POVO, que foi o veículo de comunicação que levantou a questão. Tendo comprovado documentalmente o que afirmo, o próprio Jornal  O Povo me deu o direito de resposta, que foi publicado na edição que circulou no dia 02/10/2012.
Recuso-me a sacar o dinheiro que fora depositado inadvertidamente   ALCE, pois entendo  se assim o fizer, ficará mais difícil provar que não peguei nesse dinheiro. Já solicitei o estorno  pela Mesa Diretora da ALCE e me foi informado que o meu pedido está sob análise da Procuradoria Jurídica daquela Casa.. 
Você, como advogados, bem sabe como isso funciona. A lentidão na análise dos processos termina por provocar situações desagradáveis a quem busca o serviço público.
Esse dinheiro é legal, mas, por considerar que ele é imoral, optei em não recebe-lo.
Em nenhum momento me recusei a mostrar toda e qualquer documentação, fui transparente como tenho sido em toda minha vida.
Você me conhece e sabe que temos temperamentos bem parecidos. Já estivemos juntos em várias trincheiras e apesar de nossas diferenças tenho-lhe  o maior respeito. Como pessoa pública, não vejo problema em ser fiscalizada, mas que as pessoas recebam as devidas informações e que elas não me prejulguem sem me dar o devido direito de defesa.  
Despeço-me deixando-lhe um forte abraço e parabenizando-o pelo ótimo trabalho que você  e  o Freitas Júnior têm realizado à frente de seu programa.
Atenciosamente,
Toinha Rocha

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