A
presidenta Dilma
Rousseff fez questão de não receber o ex-presidente da CBF
e do COL, Ricardo Teixeira, que, diante do clima pesado acabou por fugir para
Boca Raton. E ela também não está nada disposta a receber o novo
presidente das duas entidades, José
Maria Marin. E não é porque ele foi servil serviçal da
ditadura, porque outros também foram, como José Sarney e Paulo Maluf, todos até
homenageados. Mas Marin fez mais.
Com seus
discursos na Assembléia Legislativa de São Paulo, em 1975, Marin foi
fartamente responsável pela prisão que acabou no assassinato do
jornalista Vladimir
Herzog. O então deputado Marin se desfazia em elogios ao
torturador Sérgio Paranhos Fleury e ao seu bando, assim como engrossava
“denúncias” sobre a existência de comunistas na TV Cultura, cujo jornalismo era
dirigido por Vlado.
Um desses
discursos, no dia 9 de outubro de 1975, aconteceu 16 dias antes de Herzog ser
torturado e morto nas dependências da Operação Bandeirantes (OBAN), na rua
Tutóia, em São Paulo, por agentes do Destacamento de Operações de Informações –
Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI)
E Dilma, com
razão, disso, não esquece. Porque servir a ditadura é uma coisa, mancha
indelével, sem dúvida. Mas a dedo-duragem desperta asco invencível.
Do Blog do Eliomar de Lima
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